Vai chegando um momento,
Em que, automaticamente,
Instintivamente,
Repudia-se o negativo,
O autopunitivo.
Aquilo que sabemos,
Que não devemos...
Sem grandes abatimentos...
Ao contrário, chega a dar
Um contentamento,
Por um acordo firmar,
Com os sentimentos.
Um tratado de respeito
À seriedade do que se carrega,
Inevitavelmente, no peito.
Talvez, uma emocional primavera!
Para quem viveu todas as estações,
Intensamente,
Apaixonadamente,
Com todas as suas cadências,
E consequências...
Dentro de cada uma...
Uma a uma!
Sujeito a todas as secas,
Todas as tempestades,
Brancas e pretas...
As inundações,
Invernos, que nem é bom lembrar!
Verões de... ... ... suspirar!
Tantas tardes...
As antológicas paixões,
Com suas imprevisíveis sensações...
Sonhei tanto,
Que, por sobre todo o pranto,
Debruçou-se sobre minha história,
Um espetacular acalanto,
Em forma de manto,
Azuldourando, generosamente, a trajetória.
O que me dá relativa tranquilidade,
Mediante a eletricidade
Que explode em meus poros,
Obrigando-me, a ousados solos!