Pirataria

Noves fora e ainda sobra

Matemática em labuta

Se zerar o mal desdobra

Mas prevejo morte à astuta...

Seja assim, sem avental

Lustro dou na prataria

E depois, pirataria

Bebo o sol lá no quintal...

Risos quero, sou palhaço

Mas proibo algum abuso.

Pisco o olhar e então desfaço

Esse ar mais obtuso...

Da verdade nunca fujo

Eu encaro esse pastel

Com meu ar de caramujo

Beijo a flor, desando ao léu...

Nem aí, se há um fim

Vivo como quem se fez eterna...

Pena não tenho de mim

De amores vivo, sou terna.

Não abomino o moderno

Só lamento o infeliz

Que dorme no seu inferno

Não sabe que é aprendiz...

Pudesse e roubava um beijo

Da tua boca, nessa hora...

O depois? Sequer prevejo...

Beijo, "bye", já vou-me embora...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 07/08/2012
Reeditado em 07/08/2012
Código do texto: T3817961
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