Pirataria
Noves fora e ainda sobra
Matemática em labuta
Se zerar o mal desdobra
Mas prevejo morte à astuta...
Seja assim, sem avental
Lustro dou na prataria
E depois, pirataria
Bebo o sol lá no quintal...
Risos quero, sou palhaço
Mas proibo algum abuso.
Pisco o olhar e então desfaço
Esse ar mais obtuso...
Da verdade nunca fujo
Eu encaro esse pastel
Com meu ar de caramujo
Beijo a flor, desando ao léu...
Nem aí, se há um fim
Vivo como quem se fez eterna...
Pena não tenho de mim
De amores vivo, sou terna.
Não abomino o moderno
Só lamento o infeliz
Que dorme no seu inferno
Não sabe que é aprendiz...
Pudesse e roubava um beijo
Da tua boca, nessa hora...
O depois? Sequer prevejo...
Beijo, "bye", já vou-me embora...