Mergulho

Chuva fina na vidraça

por trapaça, não me rendo

por detrás deste ferrolho

eu mergulho no infinito...

Viajo o tempo absorta

revirando o meu baú...

Enquanto chove lá fora

garimpo as luas e estrelas

que guardei por um capricho...

Entro silente no nicho

onde em preces de alegria

eu bendisse a doce via

que mil risos me ofertou.

E assim passo o meu dia

esperando o sol lá fora

numa esperança que implora

chance de continuar...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 16/07/2012
Reeditado em 16/07/2012
Código do texto: T3780349