A ESPERA DO AMANHECER
(Sócrates Di Lima)

A noite caiu sorrateira,
O pensamento voou espaços,
E o corpo em tom de canseira,
Esperou e recebeu os abraços.

Então o coração navegou,
Desceu o remanso do rio da saudade,
No porto dela se entregou,
Abriu-se a comporta da vontade.

Assim, a espera foi prazerosa,
O corpo inteiro sentiu,
No pensamento a vontade cheirosa,
No perfume dela que a noite pariu.

Foi assim, na volúpia do pensamento,
Que naquele momento,
O corpo tremeu,
Então, se aliviou na saudade que gemeu.

E o repouso nas canções que cantei,
Adormeceu a alegria na madrugada,
Com saudade a noite seguiu como precisei,
À espera do amanhecer com a amada.

Então Basilissa suspirou aliviada,
Da ansiedade que a saudade fez valer,
Depois do sono profundo que avançou á alvorada,
Nos braços da saudade os corpos esperaram o dia amanhecer.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 29/06/2012
Reeditado em 29/06/2012
Código do texto: T3750883
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