clareou

clareou Diadema

o dia chegou sem algemas

o sol me acorda sorrindo

borboletas se entreolham contentes

com as cores de seus vestidos

o vento com seus dentes alvos

é a cena de um sorriso claro

café que na mesa nos quer

tristeza que acha o horizonte

pra lá longe se esconder

cuíca que nina você

e segue ainda roncando

um samba que só ela sabe

na cama que nunca desperta

você aquece as cobertas

e é o conforto do quarto

e a janela exibindo

as cortinas que você lhe deu,

nos invade e tudo clareia

tudo enfim clareou

até a tosse sumiu...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 24/06/2012
Reeditado em 26/06/2012
Código do texto: T3742751
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