RASCUNHO DE UM ROSTO
(Sócrates Di Lima)
Rascunho seu retrato com meu olhar,
Com as mãos lhe redesenho,
Num toque sutil de um pintar,
Borboleta da as cores nas tintas que não tenho.
Rascunho de um rosto,
Que minha alma enxerga,
Traço uma gravura sem foto,
Que minha imaginação na emoção pega.
Imagem quase cega,
Que só o meu coração vê,
Em lápis fino entrega,
Sobre o papel o rosto de você.
Rascunho de uma face,
Rosto traçado numa imagem,
Que a mente faz o repasse,
Como uma mental viagem.
Trago-a para dentro de mim,
Como quem traz um sonho com endereço,
Risco a imagem no grafite assim,
Mostrando o rosto ocultoo que já conheço.
Faço então o esboço da criação,
De um rosto perdido na imensidão,
Onde os olhos do meu coração,
Enxerga e traça o rosto de uma conhecida visão.
Há na minha alma um grafitado rascunho,
No qual as minhas vontades aposto,
Na mente o desejo escrito no punho,
E na doce poesia o rascunho de um rosto.