NA ESTEIRA DA SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Na esteira da saudade eu sigo,
Caminhos em relevos para eu percorrer,
Flores sem espinhos levo comigo,
Nas asas dos ventos aonde está meu bem querer.
Fragrâncias de Sândalo sinto no ar,
Morango com jaboticaba...
Na doçura do meu respirar,
O odor da saudade não se acaba.
Assim faz meu elo de desejo e amor,
Nas palavras harmônicas que sussurro,
Misturo o cântico que recito com esplendor,
Como a mãe que espera seu nascituro.
Como o amor gerado no ventre da felicidade,
Formdo embrião que se multiplica a cada dia,
E que o tempo vai formando entre desejo e saudade,
Na especialidade e exclusividade da poesia.
Na estreira da saudade eu formato minhas vontades,
Preparando o caminho para uma viagem bela,
Na bagagem as loucuras de fantasias e realidades,
Que fazemos acontecer, eu e ela.
Assim começa o meu dia,
Com Basilissa da cabeça aos pés,
Na cabeça, para ela a poesia,
O coração e na alma longe do revés.
Só temos alegria,
Só temos prazer em ser e estar,
Na esteira da saudade a magia,
De ter a felicidade de Basilissa amar.