Clarisse e a viola
A viola do curdo está abalada
Esta triste com a decisão de Clarisse
Que lhe disse sem papas na língua
Que ele fosse embora
Que arrumasse suas trouxas
E que ele não fosse trouxa
De lhe procurar outra vez
A viola do curdo
Está abalada
Não encontra vida sem Clarisse
Acha que sem ela a mesmice
Volta à cena
Talvez ele não ache mais
As noites tão serenas
Nem os dias de sol tão bonitos
Tudo perdeu um pouco
A altivez
A viola do curdo está abalada
E seu mundo
Ficou a avessa
Ficou menor do que era
A vida passou
Há ser do trabalho
Pra casa
Da casa pro trabalho
Mas toda vez,
Toda vez
Que ele via a lua bela
No seu caminho
A sua doce viola
Perdia um pouco a timidez.