EM CÉU ABERTO

(Sócrates Di Lima)

Corre por entre flores,

O rio das minhas alegrias,

E no remanso dos pudores,

Me abro as minhas fantasias.

Vôo em céu aberto,

Como pássaro gigante,

Batendo asas por certo,

Sobre flores em rasante.

Sigo então o oriente,

Como quem segue o horizonte,

Como quem deixa o ocidente,

Embusca do amor que lhe é fonte.

Banhos de luzes que o luar derrama,

Sobre uma saudade exagerada,

Como quem se deita na cama,

A espera da mulher amada.

Em céu aberto as nuvens me acolhem,

Em azuis de alma, me deixo envolver,

Como os ventos deixo que se espalhem,

A minha vontade de viver.

Ah! Que me tome o desejo intrépido,

De buscar-me no caminho perdido,

Como uma letra de amor esculpido,

No âmgo de um coração bandido.

E que passe o tempo sorrateiro,

Na pressa que lhe é concreto,

Levando o amor de um tempo inteiro,

Nas asas dos meus ventos, em céu aberto.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 22/05/2012
Código do texto: T3681604
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