Bilíngue
Usa teu lábio
E me deixas com o miocárdio em chamas
Quando me chamas de senhor
Quando ponho na minha boca
Tuas línguas soberanas
Languidas frívolas
Pelo meu sabor
Usa teu lábio...
Palatal, alveolar
E Me faz ser Baco, Calígula.
Nesse reinado
E me dá o céu novamente
Que consigo voar
Que me sinto xogum,
Czar...
Ou qualquer monarca coroado
Usa teu lábio
Fausto e exuberante
E faz entrar em colapso
Meu nervo pélvico
Mais vibrante
Faz eu me sentir supremo
Divino
E imortal nesse instante
Em que o prazer
Me traz o desatino
De não querer
Mais nada daqui por diante...