DESPETALANDO
(Sócrates Di Lima)
Despetalo minha alma,
Desfolho meus sentimentos,
Reuno minha calma,
Resumo meu pensamento.
Despetalo minha alma,
Para recriar as pétalas que me dão cor,
A suavidade do veludo em palma,
Como as mãos do amor.
Como no outono,
As folhas secas se descolam,
Representa um momento de triste abandono,
Quando o amor é rompido e os sonhos desfolham.
Eu então renovo o talo do meu coração,
No ramo que rima minha vida o azul pinta a flor,
E como a seiva que alimenta a emoção,
Refaço e dou seguimento ao meu principio de amor.
Despetalando meus sonhos ela me renova,
Alicerça meus objetivos e me levam ao meu ápice,
Me dá a direção concreta e faz minha alma nova,
Ela me dá no boca a sua seiva em cálice.
A seiva do seu amor,
Ùnico em toda a minha fecundada lida,
Então, só dela eu sugo o néctar da sua flor,
Beija-flor de uma única flor em vida.
Despetalando-me para Basilissa,
Para recriar nela o que já era seu,
Como a renovação das flores da vida em premissa,
Dando total preferência ao que é meu.
Amo Basilsissa....e porque amo, posso ser um louco,
E se sou louco o amor é a minha cura,
E assim, vou me despetalando pouco a pouco,
Para revigorar o meu amor por ela na sana loucura.
E não há nada mais que me encanta,
Nenhuma voz que possa vir do passado, presente ou futuro,
Lúcido, declaro o meu amor a ela num eco que se agiganta,
E faz desse amor de nós, um amor intenso e maduro.
Basilissa