FLICK O CÃOZINHO QUE VIROU BARÃO ?!
Esta história é verdadeira
E passo aqui versejar
Resolvi então contar
Por favor, não é besteira.
A Rosa é uma meiga moça
Irmãzinha do coração
O Flick é um só um cão
Que ficará na lembrança.
Ela conheceu este amigo
Sem dono, ferido e faminto
Foi na firma, o recinto
Não pode levá-lo consigo.
Em casa tem cãozinho
Na firma o chefe não permitiu
Seu coração se partiu
Mas dava-lhe comida e carinho.
Em frente da firma ficava
De plantão para ganhar
Quem vinha o alimentar
De feliz o rabo abanava.
E assim foi por um ano
A rotina se repetia
Sua comida ela trazia
Só não conseguia um dono.
Um dia Flick não apareceu
Deixando-a muito triste
Neste trânsito que existe
Foi atropelado e morreu.
Algum tempo se passou
Ficando só a saudade
De uma longa amizade
Lembrança foi o que restou.
Neste vinte e sete no entanto
Sábado,março, dois mil e dez
Ele lá estava outra vez
Para alegria e espanto.
Estava muito bem tratado
Coleira de couro no pescoço
Ao lhe ver fez alvoroço
Parecendo bem cuidado.
Saiu andando na frente
Como querendo mostrar
Venha conhecer o meu lar
Pulando muito contente.
Rosa resolveu obedecer
E ele sempre andando
Do seu lado acompanhando
Parecia algo dizer.
Depois de andar um tempão
Percorrido ruas e vielas
Passou por casas mui belas
Ele sentou em posição.
Em frente a uma casa no portão
Um senhor apareceu
E com um sorriso agradeceu
Por ter trazido o Barão.
Rosa com voz embargada
Disse, não precisa agradecer
Foi ele a me trazer
Estava muito emocionada.
E os dois se apresentaram
Seu Gustavo era o senhor
Que o acolheu com amor
E suas histórias contaram.
O Flick que agora é Barão
Nem precisava ir ver a Rosa
Era feliz tinha casa
Mas falou mais alto a GRATIDÃO!