NÃO É CONTO DE FADA
(Sócrates Di Lima)
Não é conto de fada,
Nem conto da carochinha,
Não é conto de nada,
É real o amor da minha " Sinhazinha" .
Lembro-me, inda criança,
Das brincadeiras de namorar,
Havia esperança,
De um dia um amor verdadeiro encontrar.
Lembranças dos sonhos, cada um tem o seu,
Da fase de meninice,
E quem diz que não se lembra do que viveu,
É pura tolice.
Eu era feliz e sabia,
Porque dentro de mim, vivi a minha idade,
Já faz distânte, hoje é nostalgia,
Mas, tinha um tom de felicidade.
Crescido, aprendi a amar,
Um amor prometido lá atrás, bem distante,
Que somente agora pode chegar,
Maduro e forte, tão importante.
E nada é por acaso,
O amor está solto, em todos os lugares,
E foi no Recanto, num singelo caso,
Que eu e Basilisa nos encontramos em virtuais olhares.
E, de lá pra cá,
Muita água desceu rio abaixo,
E o essencial veio de lá,
De Campinas o meu doce cacho.
Cacho de alegria,
Cacho de saudade,
Cacho de poesia,
Cacho de felicidade.
E esse meu todo cacho,
Tem nome e é mulher especial,
É Basilissa meu facho,
De luz eterna e sem igual.
Minha Véia, Maria,
Basilissa ou Nêga,
Tratamentos carinhosos em poesia,
E dela, seu " Véio" que de amor nunca se chega.
Nosso amor não é fictício,
Nem amor de estação marcada,
É amor vitalício,
Não é conto de fada.