ABRAÇA-ME
(Sócrates Di Lima)
Abraça-me, o céu está aberto,
Abraça-me as asas o tempo espera,
Abraça-me, o vento é certo,
Toma-me como um dia de primavera.
Abraça-me,
Como a chuva,
Como a brisa, envolva-me,
me veste feito luva.
O teu abraço é forte,
Sinto quando me pega,
E não é sorte,
Então abraça-me nega.
Abraça-me como um palhaço,
No palco do nosso circo aprendiz,
Onde riem as nossas crianças no nosso abraço,
Com faces pintadas da alegria de ser feliz.
Abraça-me Basilissa, agora,
Que o teu abraço me conforta,
Não importa,
A distância ai de fora.
E neste abraço de infinita carência,
O meu amor lhe envolve em demasia,
Se faz forte e com tamanha resistência,
Que nada pode abalar a nossa harmonia.
À frende, Deus...
E recuado, eu e Basilissa unidos,
Nenhuma força negativa vinda de ateus,
Há que nos tornar temindos.
Abraço-lhe minha véia,
E no meu abraço o seu abraço me toma,
Bebemos o nosso amor em dose injetada na veia,
Que nos alucina, na adrenalina de amar de quaquer forma.
Abraça-me...
Que eu te abraço, sem demora.
Toma-me,
Não importa a distância de agora.