Poesia: lucidez ou embriagues?
Os sóbrios não entenderão
Tão lúcidos condenarão
A alma do poeta
A vagar na imensidão
Mas a loucura da liberdade
É maior e voa à toa
Parte sem saudade
Segue em frente, com coragem
Faz tantas danças no ar
Flutua e se entrega
Se emociona, não nega
Vaga nas nuvens, navega
No mar da ilusão, coração
Talvez até pesque leitores
Nas ondas sonoras ou escritas
Noutras, amigos amores fãs, como lãs
Macios mantos para os prantos
Outros encantos: alegrias, reflexão, canção
Poesia é sua cria, origem, vertigem
Lucidez ou embriagues?