O ADMIRÁVEL COFRE DAS LEMBRANÇAS...

O Admirável cofre das lembranças...

Tudo passa e se esvoaça nas cinzas.

Nos corredores das memórias, bem...

ficam as canções e os aromas

Dos encontros e da saudade

Tudo caminha por mais que esteja só...

Esperando um átimo de tempo para

Ir! Isso mesmo ir para onde se permita

Viver, que é o mais difícil!

É difícil sim! Concorda?

Não é um jogo de cartas marcadas! É?

E você é você há muitos anos a frente

Só há um espaço ôco entre o que é e o que será!

O todo se divide em momentos.

Em invernos frios e verões quentes

Em folhas que caem e em flores que brotam!

E tudo bem! O mundo gira e...

O tempo não é nosso

É um Deus tirano que nos engole

Aos poucos e nem nos saboreia

Agridoce que é, empurra a nossa vida...

Para cima e para baixo!

E nas teias das velhas que guardam nosso destino

Os fios se embaraçam e se entrelaçam as histórias!

As mais improvavelmente acontecíveis!

Eu pretendo guardar (o sopro de vida) no cofre das minhas lembranças

Mas só permito que entre nesse corredor escuro

Ninguém! até porque me calafria a espinha

quando entro nele. Há um medo de nos encontrar.

Lá será o sepulcro das minhas idas.

As vindas ficam do lado de fora, mas guardarei enquanto eu puder...

Guardarei aquilo que achei que foi meu!

Não podemos brincar com os aneis de Saturno

As poeiras estarão no mundo e um dia quando tudo

acabar - se é que se começa - haverá um...

Guardarei esse um, porque tenho saudade dele!

Há um cofre que guarda os mais admiráveis segredos

Repousam lá todos os nossos eus.

A senha é um convite a se olhar diante daquilo que o espelho não...

O espelho não alcança!

Dhiego Araújo
Enviado por Dhiego Araújo em 04/03/2012
Código do texto: T3535213
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