O RIO
(Sócrates Di Lima)
Água que emerge da fonte santa,
Na preciosidade do seu valor,
Se levanta do seio da terra,
busca a luz no seu explendor.
E entre as folhagens da vida,
Segue no seu remanso límpida,
Cristais ao toque do Sol na ida,
Líquido, incolor, inodoro e insipida.
Para ela não há obstáculos,
E quando há, não o destrói,
Circunda-o e segue imponente,
No destino que lhe deu a vida.
É como o ser humano,
Gerado embrião no ventre do amor,
Nasce, cresce e segue o seu caminho,
Passa por tantas coisas até se cumprir o seu destino.
Leva tantas coisas,
Deixa tantas vidas,
Muda seu percurso,
No curso das suas lidas.
Almeja o rio,
Que busca o mar,
Que objetiva o oceano,
Onde pode se findar,
Leva esperança,
E deixa saudade,
Mata a sede, molha a terra,
No ritual do amor faz a felicidade.
Liberdade de ser o que se predestinou,
Alimenta e cumpre seus mandamentos,
Como o meu amor por Basilissa se firmou,
Fincou no tempo se multiplicou em sentimentos.
E assim, nesse ritual em cântico,
Foi e é o meu amor por Maria,
De tão grande de faz infinito,
dono do seu próprio destino.