PROSA, GARI E CARNAVAL.
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Eu vi um gari tristonho
Falando pro outro espantado
Cadê os sonhos do povo
Que no lixo não tá guardado?
Gari tristonho, mas por quê?
Se o lixo valor não tem
Deixa disso gari
Sonho de carnaval é desdém!
Desdém de quê, caro colega,
Sem nenhuma brincadeira
Por que esse sonho é fraco
Que se acaba na quarta feira?
Na quarta-feira o sonho não morre
Pois dele é a ilusão
Tendo frevo e tendo samba
Todo mundo vira bamba
No ritmo do coração.
Que coração meu caro amigo
Se hoje beijo sem criar limo
Sendo homem viro mulher
Sendo mulher cadê meu destino?
Que é isso meu companheiro
Carnaval é festa de macho
Mas se o bafo é no cangote
A banana cai do cacho...
Vamos parando com essa prosa
Que carnaval é tela e tinta
Sobe o sonho desce o choro
Diz verdade embora minta...
Tem razão caro colega
Vamos varrer nossa ilusão
Quarta-feira só tem cinza
Há quem tinja essa paixão...
Falando pro outro espantado
Cadê os sonhos do povo
Que no lixo não tá guardado?
Gari tristonho, mas por quê?
Se o lixo valor não tem
Deixa disso gari
Sonho de carnaval é desdém!
Desdém de quê, caro colega,
Sem nenhuma brincadeira
Por que esse sonho é fraco
Que se acaba na quarta feira?
Na quarta-feira o sonho não morre
Pois dele é a ilusão
Tendo frevo e tendo samba
Todo mundo vira bamba
No ritmo do coração.
Que coração meu caro amigo
Se hoje beijo sem criar limo
Sendo homem viro mulher
Sendo mulher cadê meu destino?
Que é isso meu companheiro
Carnaval é festa de macho
Mas se o bafo é no cangote
A banana cai do cacho...
Vamos parando com essa prosa
Que carnaval é tela e tinta
Sobe o sonho desce o choro
Diz verdade embora minta...
Tem razão caro colega
Vamos varrer nossa ilusão
Quarta-feira só tem cinza
Há quem tinja essa paixão...