Venezianos
Para um carnaval com algo mais que plena liberdade...
Túnicas coloridas, sedas, capas e vestes compridas
Mais do que criar fantasias, a intenção é proteger de olhares curiosos e de maldade.
Coberto, todo tipo de excesso é mais permitido!
Máscaras para que uma beleza de porcelana desenhada perdoe os rostos...
Lenitivo pecador a eliminar distinções
Entre os sexos... Entre as classes sociais... a hierarquia
Qualquer diferença pode ser esquecida se o traje for belo.
Misturados na festa a presença de saltimbancos...
Músicos atores, operadores de marionetes...
Comediantes, adestradores de animais!
Além dos grandes banquetes e das peças teatrais, uma medieval e suntuosa realidade
E a maior atração... talvez já esteja até esquecida:
O Voo da colombina: um escravo descendo a corda
Presa ao campanário da igreja de São Marcos.
Virtuosismo negro na praça é Colomba (1) acrobata a jogar flores aos foliões.
Entre a multidão, em outra era não seria diferente de agora,
O mais popular personagem é o com seu temperamento mais natural:
O Arlequim. Desfila sorrindo, usando a máscara negra...
E com seu modo de andar parecendo a dança de um trapalhão.
Atravessa Veneza com distinção, inclemência e nenhuma reverencia!
Carmem Teresa Elias/ De Magela
(1)Colomba em italiano significa pomba
COLEÇÕES POESIAS PARA O CARNAVAL