ESPERA
(Sócrates Di Lima)
Sigo a linha do horizonte,
Pra o ligar de nós,
Atravessando monte,
No alcance da sua voz.
Entre nuvens passageiras,
Àguas de mar agitado,
Levando as vontadaes certeiras,
Ao coração enamorado.
Levo flores de mim,
Numa imagem surreal,
Com um própósito, afim,
Do encontro real.
A espera é santa,
Tem a leveza de passarinho,
Não cansa e nem se levanta,
Enquanto não chegar no ninho.
A espera é a saudade,
Que na saudade espera,
Tem o invólucro da ansiedade,
Tem as nuances da quimera.
Espera, em dias contados,
Que o abraço aguarda sem pudor,
Espera incansável de namorados,
Espera que se cumprira, na insanidade do amor.
Amor que nunca basta,
Nem falta,
Nem cansa e nem se exalta,
Amor que para sempre estará em pauta.
O meu amor que se fez único e definitivo,
Embalado no seu amor Basilissa,
Fazendo da nossa espera um movimento ativo,
Para que nunca cesse esse prazer que me enfeitiça.
(Ribeirão preto, 09/02/2012)