ALEGRO (Poema para Basilissa N. 1.688)
(Sócrates Di Lima)
Alegro-me!
No contentamento lúcido,
No riso farto pego-me,
Trazido pelo vento húmido.
Alegro-me,
Com o teu cantar de passarinho,
Com o olhar que devora-me,
Como se pousado no ninho.
E por alegrar-me,
Minha alma canta,
Festeja-me,
Felicidade que se agiganta.
E se não fosse esta alegria,
Minh´alma não seria profunda,
Nem teria nos versos da minha poesia,
Provinda de um prazer santo que se funda.
É a saudade mesclada em felicidade,
Do revoar de pássaros cantantes,
Remetendo-me á minha mocidade,
E trazendo-me raízes de viris amantes.
Entâo, minha Basilissa amada,
Nesta manhã de paz e de desejo íntegro,
Trago-te o meu amor em cor arco-irizada,
Para dar ênfase ao quanto em ti me alegro.