Orgia...
Minha cabeça é uma orgia
De pensamentos
Que mandam e desmandam
No meu coração
Ora acredito que amo
Que vejo magia
Outrora
Nada é bonito
a solidão
me parece a melhor companhia
Minha cabeça é uma orgia
Que Liquidifica a dor e a serenidade
que transborda a euforia
E Espalha a realidade pelo chão
Que eu nem sei se é nostalgia
O que chamo de saudade
Se é felicidade
O que eu chamo de alegria
Minha cabeça é uma orgia
Vive numa turbulência
Num eterno momento transitório
Entre o sonho e o amanhecer do dia
Vive numa cadencia
Desesperada...
Entre o real e o ilusório
Minha cabeça é uma orgia
Ora sou morcego
Notívago
sanguinário
de plantão...
outrora sou família
sou sossego
sou vago
espaço imaginário
retardatário
espantalho
boquiaberto
na plantação!
Minha cabeça é uma orgia
Meus pensamentos
Tem a matemática
temática...
De toda vã filosofia
Tem o artesanato
Os fragmentos
De toda sabedoria...
Mas também
Tem A folia
A loucura
que é preciso ter
Quando se tem fantasia...
Quando conseguimos sentir
finalmente o que é poesia...