Águas poéticas
 

Que barulho é esse de águas que correm
em cascata com direção ao mar?
De onde elas vem com tanto furor?

Foram vistas antes represadas no ancoradouro, 
agora borbulhantes saem para ao mundo dar cor.

São águas que ora alegres, ora tristes, claras ou disfarçadas seguem propagando seu sabor.

Desejam elas regar  floreiras e jardins 
num movimento de doce encanto,
fazendo brotar ornatos perfumados,

deixaando para trás os desencantos,
aos corações novo ânimo dando.

Águas que jorram de um leito escondido
despertando sentimentos antes aterrados
segue seu destino sem anteparo,
germinando o amor nos corações amargos
 
Águas que oferecem como doação 
para os tristes, sonhadores e enamorados
sentimentais, racionais e apáticos
o mundo encantado do gosto da paixão


Águas que jorram em forma de palavras
que insistem em se debruçarem neste papel
em forma de poesia ou de prosa,
se oferecendo aos seus leitores como uma rosa
que após colhida e saboreada cada pétala,
fará desabrochar uma nova flor




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A poesia
é por excelência a alma apaixonada do poeta posta em palavras






 

Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 21/11/2011
Reeditado em 23/03/2012
Código do texto: T3347801
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