FELICIDADE CLANDESTINA
*À felicidade que doma minha carne em vários momentos! E, também, à Clarice Lispector, por seus livros maravilhosos, grandes presentes.
Depois de meses analisando o meu íntimo,
Medindo cada sentimento,
Percebi que sou feliz, que sou
Dona de uma felicidade toda
Simples e singela, que por onde
Passa, deixa os seus pequenos rastros.
Presumo que ela seja eu mesma
Vagando em cada canto.
Mas como poderia isso acontecer?
Será que sou a mesma pessoa,
Enquanto durmo e depois que acordo?
Algumas coisas me levam a
Acreditar que não, a ter certeza
De que não sou a mesma na
Beleza dos meus sonhos.
Mas sei que a felicidade é minha
E que ela me possui todos os dias.
Acho que é uma “felicidade clandestina”,
Que quando acordo,
Ela toma conta de mim, controla
Os meus passos e, às vezes, me faz voar,
Fazendo-me acreditar que posso
Tê-la sempre que eu quiser!