FELICIDADE CLANDESTINA

*À felicidade que doma minha carne em vários momentos! E, também, à Clarice Lispector, por seus livros maravilhosos, grandes presentes.

Depois de meses analisando o meu íntimo,

Medindo cada sentimento,

Percebi que sou feliz, que sou

Dona de uma felicidade toda

Simples e singela, que por onde

Passa, deixa os seus pequenos rastros.

Presumo que ela seja eu mesma

Vagando em cada canto.

Mas como poderia isso acontecer?

Será que sou a mesma pessoa,

Enquanto durmo e depois que acordo?

Algumas coisas me levam a

Acreditar que não, a ter certeza

De que não sou a mesma na

Beleza dos meus sonhos.

Mas sei que a felicidade é minha

E que ela me possui todos os dias.

Acho que é uma “felicidade clandestina”,

Que quando acordo,

Ela toma conta de mim, controla

Os meus passos e, às vezes, me faz voar,

Fazendo-me acreditar que posso

Tê-la sempre que eu quiser!

Poemas de Gaveta
Enviado por Poemas de Gaveta em 20/11/2011
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