PRIMAVERA
A aragem tem carícias de arminho
Árvores explodem de vida em borbotões,
As avezinhas cantam, e fazem seus ninhos
Campos e jardins vestem-se de mil florões.
Primavera, mil perfumes a exalar,
Doces quimeras que pelo ar se vão;
Sonhos azuis a galopar
Nas batidas do meu coração.
Andam pela floresta faunos vadios
Há festa de abelhas na pitangueira,
Ninfas distraídas brincam nos rios
Tagarelam as águas na ribeira.
Música, melodias, cor, festa,
Aromas de mel silvestre e alecrim;
Não há estação tão bela como esta
Não há, não há outra assim.