o encantador

no fim da madrugada,

a claridade surgindo,

me deparo com o espelho

e rio sozinho –

ou ele é que está me rindo?

de qualquer modo, estamos contentes

(e não fingimos que sim)

apenas nos contemplamos

mostro a ele meus dentes

mas sou na verdade quem vejo –

contudo, quem me dá a garantia

de que a sua superfície polida

não encanta o que desejo?

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 11/11/2011
Código do texto: T3329173
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