BAILANDO NA AVENIDA
BAILANDO NA AVENIDA
Pela vidraça da janela eu via,
Pluma, paetês, confeite e serpentinas,
Passistas bailando na avenida com alegria,
Que desapareciam ao dobrar as longas esquinas.
Maracás, tambores, ta róis, tamborins e cuícas,
O som aos quatro quantos ressoava,
O brilho das fantasias parecia sair faíscas,
Do alto a lua iluminava.
Passistas alegremente sambavam,
Baianas em uma só harmonia bailavam,
Assistentes nas arquibancadas blindavam,
Os blocos de sujos por outro lado passavam.
A alegria invadia corações,
Irradiava em todos os sentidos,
Os puxadores de samba entoavam as mais belas canções,
Que contagiavam até mesmo os assistentes mais sofridos.
A bateria dava um show à parte,
As batidas vibravam no mesmo diapasão,
Executavam uma obra de arte,
Demonstrando beleza, harmonia e união.