Deus Amado Deus Pai.
Vejo a chuva caindo
Como lágrimas ela vem dos céus
A estrada é longa, eu sei.
O sabor derradeiro tem sabor do mel
Penso na vida que se foi
Nos experimentos gratificantes que ficaram para trás
Em coisas passadas como se fosse ontem, mas...
O tempo... Pai, o tempo não volta atrás.
Pela longa estrada
Sem norte feito o desígnio do andarilho
Nos momentos em que senti desamparado
Eras tu que me ouvias de joelhos sobre o milho
Invoco a natureza por testemunha
O universo como anteparo
Pedi ao Altíssimo retorno as minhas preces,
Mas interpretei a vida com um fim e não um ensaio
Olhei o chão sem medir meus passos
Fiz cantigas mais doces que a do Serafim
Os escritos ficaram nas areias... Não são mais visíveis
Pastoreei minhas ovelhas, mas não cuidei de mim.
Oh meu Senhor...
Tuas palavras são lei
Toma minhas dores e acolhe meu pranto
Renova minhas esperanças, Deus Pai, Senhor da grei.
Entrego a ti meu destino
Meus sonhos sejam teu porvir
Pai... Faz-me saber onde estou
Assim saberei onde devo ir
Manoel Cláudio – 30/10/2011 – 01:45h.