SONHO ESTELAR...
Ontem estava muito triste ansiando pela Luz Divina,
Fui dormir nisso pensando, de repente saí do corpo e,
Com a rapidez do pensamento, viajei pelo Universo,
Aportei na Constelação Alfa do Centauro, e, deslumbrado,
De lá, olhei para Sírius e instantaneamente lá cheguei.
Depois, logo estava na Constelação de Andrômeda...
A luz de cada diamante celeste naquele infinito escrínio
Trazia-me a grandeza daqueles verdadeiros ninhos de vida.
Celeremente cheguei às Plêiades, e admirado em êxtase
Olhava para várias latitudes e, com o coração acelerado,
Nem conseguia conseguia concatenar as idéias naquele
Intenso turbilhão íntimo ante tanta magnitude e beleza.
Logo me vi em um sistema onde havia sete sóis imensos
De um brilho singular, de cores que nunca tinha visto.
O planetas que orbitavam esses sóis não conheciam a treva
Só a luz, que era constante; mundos sem a noite que temos,
Mas deles se viam as estrelas que haviam em seus belos céus...
A seguir, deslumbrado, estacionei em um sistema onde o brilho
De tudo me deslumbrou de tal forma que fiquei imóvel, preso,
Incapaz de me mover, de continuar, nem pensar conseguia...
Uma força invencível começou a me impelir de regresso à Terra,
Onde logo percebi que estava ao lado do meu corpo adormecido.
Retomei-o, e, acordando, a contragosto, um tanto decepcionado,
Ainda ouvi na acústica da mente, doce voz me afirmando:
Vistes apenas um pedacinho, uma nesga da Via Láctea...
Haverá ainda outras viagens semelhantes a que fizestes,
Porém, compreendas: ainda não sairás de nossa pequena galáxia...