NO TOM AZUL
(Sócrates Di Lima)
No tom azul que cobre o céu,
No tom amor dos lábios teus,
Fazem o tom transparente do véu,
Que faz brilhar os olhos meus.
No tom azul de mar ao longe que vejo,
É o tom da graça de ser amado,
Na cor dos olhos que faz lampejo,
Neste meu coração iluminado.
É no tom azul de começo de dia,
Mesclado ao tom amarelo ouro de final de tarde,
Faz o tom do amor e da poesia,
Que pinta meu coração em tom de saudade.
E quando levanto os olhos para o teu olhar,
Abro todas as portas do meu bem querer,
Deixo pintar em cores vivas o meu amar,
Fazendo um primor o meu prazer.
E neste prazer de te amar,
Desenho minha estrada com pincel,
Pois nela sempre hei de caminhar,
No tom azul banhado em mel.
Amo-te no tom azul do teu olhar,
No tom de neve do teu sorrir,
No tom dos cristais que vou pintar,
E o nosso amor então colorir.
Ah! MInha Maria, no tom azul do longe mar,
Visto do céu nas asas da saudade,
Confunde teus olhos o meu olhar,
E pinta este momento em tom felicidade.
E te digo minha Basilissa amada,
Que somente um tom existe, agora e depois,
É o tom da alma pela mão de Deus pintada,
Que colore em tom azul o amor de nós dois.
(Em Jardinópolis-SP, 27 de outubro de 2011, 15h35min))