Escarro
Vejam o mundo com seus olhos vendados,
Sintam as cinzas das horas frias corroerem seus musculos,
Dilacerarem cada célula desse corpo terreno.
Vejam que mais nada se vê,
Pois o carbono da vida,
Transformou-se na respiração interrompida.
As lembranças cheiram a mofo,
O passado passou de novo,
E o mundo continua,
Gira por lhe ser forçada a perfeição,
Gira para não parar em meio a essa podridão.