Desnorteação

Enquanto a saudade

Insiste em me beliscar o peito,

Meus olhos se embrumam de tua face

Cravada na poeira de minhas memórias.

Não entendo como este vazio depende de tua ausência.

Como não me preencho dos instantes pós-tu.

Não entendo esta faisca muda,

Que rimbombeia rente aos meus olhos estúpidos.

Não entendo como não posso entender o mesmo mundo,

Que vivi antes de te ter conhecido.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 11/10/2011
Reeditado em 28/09/2017
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