LEMBRANÇAS

Sempre tão vagas

São as lembranças que fazem

Minha saudade sobreviver

Instalada em meu coração

Fogão à lenha

Pilão socando café

Que ainda há pouco

No sol torrava...

Na cozinha Felicidade assovia

Uma cantiga antiga

Que se eternizou em mim

Mãe, avó, escrava, confidente...

Na laranjeira um sabiá

Tenta acompanhá-la na mesma cantiga

Mas ela é mais sábia que todos

Os sabiás que cantam na região...

O menino moleque corre pelo quintal

Depois vem comer com seus irmãos

O pirão de feijão escaldado

Num alguidar de barro sobre a mesa...

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06.10.11

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 08/10/2011
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