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Venha, Sol!
Venha!

Amanheça de uma vez em minha vida.
Já atravessei a noite,
Seus açoites,
Suas lições,
Suas inconfundíveis sensações,
Suas alegorias consentidas...
Missão cumprida!
Posso me concentrar na subida.

Quero uma manhã esticada,
Voluntariamente alongada,
Para eu me deliciar com a revoada,
Da matinal passarada...
Todos os aromas,
Os desenhos das sombras...
O feitiço orvalhado,
Um bem recordado.

Cumpri a espera,
Montado em quimeras...
Atravessei os abismos,
Alguns perigosos,
Outros pegajosos,
Suspenso em estreitos fios...
Alguns remendados,
Outros iluminados!
Nem sempre discretos,
Mas todos, sinceros.

Venha, Sol!
Venha!

Minha alma está aberta;
De enérgicas vibrações, repleta.
Ainda tenho muito a escrever,
Sobre o que estou certo,
Nesse caminho reto.
Hei de apreender...
Agora estou pegando o melhor jeito,
De lidar com o tufão em meu peito.
Quero desfrutar do amadurecer,
Já que estou em pleno enverdecer.

Esclareça toda a dor...
Desfaça todos os enganos,
Repare todos os danos.
Devolva a tudo, a original cor,
O verdadeiro sabor,
O primogênito ardor...
Ajude-me a suavizar a multidão
Espalhando afeição:
O grande motivo
De se estar vivo!










Vídeo indicado:
K & K
"Ao Sabor do Vento"
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 08/10/2011
Código do texto: T3264289