Minha moça, minha senhora....
O teu sorriso me contempla diuturnamente
És minha diurna alegria
Na urna simples que enlaça toda gente
Por um ingente papel de presente, azul
Quando tuas palavras me precedem
Ao mesmo que teu corpo me pressente
O que há nessa vastidão do mundo?
Afora nossos corpos, verdade imprópria...
Reunistes todas as feras na tua fauna
Todas as flores na tua flora
Todos os tempos em nossa hora
Tudo mais reluz de ti
Minha moça, minha senhora...
Quem torna sempre eterno o agora
Oh! Minha fruta
Eu caído do pé teu
Teria morte igual Romeu
Sem nunca querer-te Julieta
Pois quero-a viva sempre
Com teus sóis nos olhos acesos