Margens e arestas...
Eu crio
Eu rio
Eu chio
Transformo
Modifico
Adapto
Aparo arestas
Capino margens
Tenho liberdade
Pra voar
Pra mudar
Pra ser outro
Pra ser todos
Sem deixar de ser eu
Eu estimo
Eu limo
Eu primo
Sou teu primo
Teu navio clandestino
E Lapido o que é possível
Usino a esperança no torno mais fino
Volto há ser menino
Por que vôo – deslizo
Sinto-me livre
Quando penso
No que posso
Quando imagino
Teu sorriso...
Sei lá...
Mundo fica as avessas
Cadeiras, ventiladores
Badalos de sino
Viro um franco atirador
Viro um anjo, Viro Maquiavel
Mahatma ghandi
Ou seu assassino
Transformo-me
Formo-me
Escandalizo
Faço-te libélula,
Lisbela,
Atiço-te a libido
Sou teu desatino
Sou teu prisioneiro
Sou teu pensamento
Sou teu desastre
Tua arte...
E agora
Já se faz tarde
Já faço parte
Até do seu destino.