Animais-bontitos-criaturas-de-Deus-III.jpg


Como é que alguém pode não enxergar
A palpável magia,
Que a tudo permeia na vida,
De forma exemplar?

Como se explicam essas cores?
E a intensidade desses sabores?
O poder dessa voz,
Que chantageia todos os nós...

Basta diminuir a velocidade,
Para entrar em contato com a criatividade,
Que nos rodeia,
Com uma clareza que incendeia.

Basta deixar o gado seguir
E transgredir...
Transigir,
Até a próxima esquina do sorrir.

O pasteurizado é um insulto,
Ao bom do mundo.
Leva a lugar algum,
A progresso nenhum.

O estabelecido afronta a evolução,
Que quer volição,
Movimento,
Aprimoramento do argumento.

A sociedade que se pensa civilizada,
Está paralisada,
Em uma previsível encruzilhada,
Com sua teimosia desdentada.

É inimiga da magia,
Da liberdade,
Da sensibilidade,
De qualquer forma de ousadia,

Que ameace o seu falso poder,
Obtido pela imposição,
Pela coação...
Só o que faz é nos deter.

Quando se sai de seu domínio,
Leia-se sacrifício,
O que se descortina,
Inunda a vista!

É tanta beleza!
Tanta lógica,
Dentro de uma transparente ótica,
Cravejada de pureza!

Onde tudo é, 
Exatamente o que é.
Sem ilusões,
Nem alucinações,

Muito menos manipulações.

Tudo passa a ser um chamado ao enlevo.
Começa-se a se apreciar cada detalhe do relevo,
Sem temores,
Só clamores.

É o oásis ocupando o deserto.
Um olhar desperto!
Uma alma aberta,
Seguindo, no firmamento, a seta!







Assim conheci Fernando Pessoa
http://www.youtube.com/watch?v=gWI1gs0dJYk&feature=related


Recomendação de leitura:
http://www.recantodasletras.com.br/homenagens/3220006


sun%20rises%20over%20Lake%20Superior%20snowband.jpg

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 15/09/2011
Reeditado em 15/09/2011
Código do texto: T3220437