Choveu Emoção, Coração





Quando a chuva do teu amor

Chove em pingos multicor,

Acende-me a tua voz,

Transbordo da nascente à foz.


Aos píncaros da glória, bebo teu estuário, falo coisas.

Em desatino cuido de males e remédios

E num reencontro de meninos

Nem conto, nem imagino

As fantasias de assédio.


Viajo num desacato de céus e mares

Quero, com açúcar e sal,

Te tomar em tal veneno.

Quero acender cada ponto,

Que palmilhas em meu corpo,

Tal revoadas de aves,

Que sabem onde está o sol a ser posto.


Mais e mais, sigo teus passos,

Adivinho teus pensamentos

E tu retratas meus sentimentos.



Te anseio num desacato,

Toco tua face rubra ao vento

Afagas meu rosto em cicio,

Marcando-me a barlavento.


Velejas de proa a popa,

Neste nosso contentamento.

Desejo-te ao negar cada evento

Nego-te ao te ofertar só o momento.



Porque fico em ti contida

Tu me sentes inteira em teus pensamentos

Deslocados à revelia do tempo,

Na parceria dos segundos...


Mas são os primeiros,

Que não antecipam um final,

E anunciam um novo recomeço

Na praia dos nossos movimentos.


Vem meu amado ressoa,

A melodia que cantaste,

Me encantes com teus gorjeios,

Me leves a tantos lugares, bem vindo,

Me sintas tua a cada toque

Quando cuidadoso me exaltas,

E me amas, minha saudade infinda.


Ibernise
Barcelos (Braga/Portugal), 11SET2011
Núcleo Temático Romântico
Ibernise
Enviado por Ibernise em 11/09/2011
Reeditado em 12/09/2011
Código do texto: T3213434
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