QUANDO VEJO O PIRILAMPO
Todos os colonos mudaram, em debandada,
só um morador continua morando por lá,
hoje é um deserto, uma vila abandonada,
só eu não fui embora, continuo por cá.
Tenho de tudo, até a boa água da mina,
bela vida, sem pensar em deixar o campo,
acostumado com a tenue luz da lamparina,
adoro a escuridão, quando vejo o pirilampo.
Aqui estou vivendo bem, nenhuma queixa,
embora sinto a falta de algum vizinho,
aí, canto embaixo de um pé de ameixa,
que doei, e propriedade do passarinho.
Tenho pomar, tenho no quintal o frango,
posso dizer que aqui não falta nada,
ainda ouço o pio do solitário curiango,
que ecôa no silêncio da madrugada.
Moro só, nunca tive medo da solidão,
não frequenta o meu viver, a melancolia,
tenho por companheiro um violão,
sou eu que escrevo, a própria melodia.
Todos os colonos mudaram, em debandada,
só um morador continua morando por lá,
hoje é um deserto, uma vila abandonada,
só eu não fui embora, continuo por cá.
Tenho de tudo, até a boa água da mina,
bela vida, sem pensar em deixar o campo,
acostumado com a tenue luz da lamparina,
adoro a escuridão, quando vejo o pirilampo.
Aqui estou vivendo bem, nenhuma queixa,
embora sinto a falta de algum vizinho,
aí, canto embaixo de um pé de ameixa,
que doei, e propriedade do passarinho.
Tenho pomar, tenho no quintal o frango,
posso dizer que aqui não falta nada,
ainda ouço o pio do solitário curiango,
que ecôa no silêncio da madrugada.
Moro só, nunca tive medo da solidão,
não frequenta o meu viver, a melancolia,
tenho por companheiro um violão,
sou eu que escrevo, a própria melodia.