INHOTIM

Num lugar aconchegante

De natureza exuberante

Moram juntos arte, artistas, belezas e encantos.

Numa costura recheada de intenção

A colcha vai se fazendo

com fios da imaginação.

Num lugar assim

Tem arte que anima

fascina

questiona

impressiona.

Tudo a céu aberto

Com linda natureza perto.

De tudo que tem lá

Um cupido flecha o coração.

E mostra com precisão

Um quintal de fascinação.

É o quintal da vovó

Com casinha bem cuidada

Horta na fachada

Carreirinhas de passantes.

E o mais interessante

É quando se entra na casa

O silêncio e as memórias

Dos tempos e das histórias

Contadas pelos avós

Tendo o céu por testemunha

E as nuvens, um mar só.

Olhar pro teto da casinha

É sentir a criança vizinha

Que em cada um se aninha.

Ver carneirinhos, andorinhas,

No bailado das bolinhas.

Bolinhas de isopor

Sobre o teto transparente

Mexe pra todo lado

Parecendo mui contente

Mexe no que está guardado

No escondido da gente.

Lá dentro, uma alegria só

Um mundo de imagens

Indo e vindo

Vindo e indo

Mudando, alternando

Mas nunca repetindo.

No quintal desta imensa casa

“Casa Inhotim. É assim...

De repente uma voz mineira

Vinda do fundo do quintal

Num chamado companheiro

Veio a frase em tom zombeteiro:

_ Inhô Lau! Cadê Inhô Tim?

Bem ligeiro com toda graça do mineiro:

- Ali na nuvem, sorrindo pra mim!

E o sorriso se espalhando por esse colossal jardim!

P.S: Quem já visitou Inhotim entende esse poetar tim tim por tim tim...

Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 01/09/2011
Código do texto: T3195475
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