Não sei a que anjos indagar da aurora.
Não se por que anjos invocar a aurora.
Não sei a que anjos atribuir a aurora.
Não sei que anjos vão me assegurar a aurora.

Não sei, como os anjos, repousar na aurora,
ou, como eles, esperar da aurora. 
Não sei entre que anjos repartir a aurora,
nem por quais deles abrandar o ouvido
e escutar, atento, a música atemporal do Infinito.
Não sei ante que anjos inquirir a aurora,
nem junto a quais deles defendê-la deles.
 
Nada sei...
Contudo, sei de uma aurora inexplicável
para opor às outras, tão neutras,
adiando assim o Apocalypse.
E isto é tudo o que sei, tudo.



Enviado por Jô do Recanto das Letras em 21/08/2011
Reeditado em 21/10/2012
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