Na noite dos fonemas,
não me arcaizarei.
Por mais que os lingüistas queiram,
não me vocalizarei.
Ò universais ondas linguísticas,
bafejos latinórios,
lançai-me longe o tédio,
não o deixeis apoquentar-me,
esse gentalho, porquema.
Fremosíssimos fonemas,
não me aportugueseis.
Sou ser, matéria, gente, não vós.
Fonemas, canalhas íntimos,
sede lá justos ou invidos;
mas deixai-me acá em paz,
em paz que por hoje só:
não me fonemeis ou desmorfemizeis.
não me arcaizarei.
Por mais que os lingüistas queiram,
não me vocalizarei.
Ò universais ondas linguísticas,
bafejos latinórios,
lançai-me longe o tédio,
não o deixeis apoquentar-me,
esse gentalho, porquema.
Fremosíssimos fonemas,
não me aportugueseis.
Sou ser, matéria, gente, não vós.
Fonemas, canalhas íntimos,
sede lá justos ou invidos;
mas deixai-me acá em paz,
em paz que por hoje só:
não me fonemeis ou desmorfemizeis.