A VIOLA QUE NÃO DESAFINA

Trazer a vida para o dia a dia

esperar a noite.

Meus versos não se importam se eu não faço rima

se chove, se faz sol

se é a viola que não desafina.

Se toco na primeira que eu chamo prima

se meu bordão é a nota mi,

se a terceira é sol, se não trasteja

meu violão,

tocando as cordas do meu coração.

Meus versos não se importam se eu não fico triste

quando chove.

Se chove ouço os respingos no telhado,

se não chove vejo o sol brilhando

na telha de vidro, que em toda a casa existe

seja rica, alegre, pobre ou triste.

E assim a alegria vem correndo

escorrendo nas bicas, nos respingos

da chuva alegre do amor.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 03/08/2011
Reeditado em 22/07/2013
Código do texto: T3137368
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