FAZ-SE A FESTA
F A Z – S E A F E ST A
Tem dias que sobrevêm lembranças
Imagens multicores refletem na memória
O balançar se do esqueleto
O regalar se em sorrisos
Até mesmo o bater palmas
Das e nas festas!
A tudo atropela a realidade
Dissipa-se a neblina em pedaços
Chega a cálida manhã
É festa!
Entre o real e o imaginário
Só queria flutuar
Alcançar o paraíso
Tocar as estrelas
Mas não morar no céu
Talvez espargir o pó do amor
Ou serenar o orvalho
Em êxtase tocar trombeta
Ou fazer amanhecer descortinando o sol
Fazer festa!
Ter o meu corpo sadio e leve como pluma
Ouvir aqui do lado esquerdo do peito
O retumbar, reverberar, o ressoar ecos
Dos batimentos das aurículas e ventrículos
Aceitar a confusão entre amar esta
Ou adoração por aquela
Talvez admiração por esta
E veneração por aquela
Faz-se a festa!
Por último sentir apatia
Bem verdade que ínfima
Deixar voltar as íntimas lembranças
Sentir a adrenalina, o sonho, a brincadeira...
Deixa, deixa-me festejar…
(março/2004)