Versinho tímido

           Em meio às labutas  desta jornada
           emergindo do caos inútil das  horas
           assoma de improviso ,e do nada
          o versinho, que tímido implora

        Pequena fagulha de luz reticente
       entrando sob a pele, quem diria
       ele vence barreiras,vai em frente
      irrompe ao som da ave-maria, 
 
      È quando  então a alma  enlanguesce...
     À tardinha, o sol  já declinando,
     ah, meu versinho cresce,aparece!

     No lusco-fusco, tempo já etéreo,
    toma forma e sem melindres... vem,
    faz-me a corte,desvela seu mistério...