QUANDO SE COBRE DA SOLIDÃO DESCOBERTA
Abro as coxias dos céus.....
Trombetas....
Clarins .....
Cantos celestiais ecoam ....
Chispas fatiam o infinito....
Coberto de imaginação ....
Uma manta sagrada agasalha a minha fé.....
Que insiste em querer esfriar.
Me sentia só.....
Um mero coadjuvante monologando
Incapaz de ser o protagonista da minha própria história....
E assim neste palco Querubins se fazem de ponto.....
E do livro sagrado......
Cada palavra......
Enquanto descortina-se os céus....
Um anjo entra em cena !
Será você este meu anjo ?
Uma visão solene do amor, permite...
Nos meus ouvidos certos palpites que não ouso declarar...
Na mente um turbilhão ....
A querer me domar os sentimentos....
Ondas sonoras revoltas e dispersas entre o sol e o mar
Sonhos me roubam o sono.....
E a uma conclusão acabo de chegar....
Para se amar...
Não se precisa de asas para voar....
Sonhos voam sem dos chãos os pés tirar....
Ao te amar reparo que perdi os cizos...
Tento na ansiedade reter-me em risos
Do teu retrato me revelo latente
E a nossa felicidade se vê nos dentes.
Talvez digas tu !
Loco és !
E vos responderei.....
Da tua calçada minha estrada
Faço das tuas matizes as minhas cores
Nos sonhos meus as sementes que caem do céu
fazem brotar em meu jardim, você e as flores.
Nunca ficarás sem colo e ao abandono,
do fiapo de cabelo ao coração sinto-me dono.
Matemático não sei dividir......
E sem essa ou ( ésse )
_ AIA .....
_ em
_olidão
_ eria
_ imples
_ entir
_ audade
_ em
_ ofrer
E assim nestes rabiscos pra ti o eterno cobertor da saudade....
Para agasalhar a nossa dupla solidão.....
R _ t.......
R _