Entreguei-me aos desígnios da vida.
Só me obrigo à subida.
O resto é com ela.
Está nas mãos dela.
Para falar a verdade,
Acho que sempre esteve.
Ela sempre me deteve
Na escolha dos caminhos,
Na companhia dos ninhos...
Sempre foi feita a sua vontade.
Por mais que eu reclamasse,
Esperneasse...
Era e é dela a palavra final.
Tenho a impressão que escolho mal.
Não acerto uma,
De forma alguma...
Todos os meus planejamentos,
Milimetricamente detalhados,
Pensados e repensados,
Não passam de divertimentos.
De diversão,
Enquanto ela elabora outra situação.
Isso vale para todas as instâncias,
Desde as bobagens,
Até as altas paisagens!
É assombrosa a constância!
Chega a parecer perseguição,
Zombar da minha capacidade de decisão.
A coisa é tão séria,
Que pode se classificar como comédia!
São sucessivos atropelamentos,
Que lembram bem argumentos
De desenhos animados...
Aqueles de humor rasgado!
Resolvi assimilar esse fato,
Mastigar e digerir esse dado.
Até por falta de possibilidades...
Visando a tranquilidade,
Parei de me debater.
Disponibilizei-me ao viver!
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Rita Ribeiro
Maiúsculo
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