O Forró

Tião trabalhava na construção

Cingia a cabeça com um boné

Um lenço rubro envolvia seu pescoço

Tinha semblante de menino

Mãos calejadas

Olhar vago... Suspirava

O mancebo de cabelos negros

Sorriso meigo

Sentia um fervor por Chiquinha

Como onda bravia,

sua musa não esquecia...

Delineava um amor cheio de poesia

Numa noite de luar,

convidou a donzela prá dançar

Ela vestiu um vestido ramado

Calçou sapatos avermelhados

Tião se esmerou num terno branco

Enfeitou-se com uma gravata listrada

Parecia um magnata

Os enamorados como pombinhos,

saracotearam e rodopiaram

Como paina em ventania

encantaram a moçada

Que aplaudia sem parar

Adentraram à madrugada

Até o sol raiar!

Eta forró bom!

Fizeram bonito!

Cena que jamais saiu do coração!

magda crovador
Enviado por magda crovador em 26/06/2011
Reeditado em 25/06/2017
Código do texto: T3058800
Classificação de conteúdo: seguro