A Ponte do Arco-Íris

Entre as nuvens fofas e brancas

O rosado do sol por no final de tarde

A brisa fugiu rapidamente das encostas

O vento veio em força devastando o dia

As nuvens acinzentadas fizeram se sentir

A chuva veio em forma de granizo

Forte, poderosa, fria e devastadora

Os campos choram suas colheitas

As mulheres choram seus homens

Que no mar estão enfrentando as ondas

Tudo parece voar e tudo parece acabar

De repente uma calmaria, uma trégua

Toda a vida parece florir de novo

As flores reagem ao sol embriagado

Que entre as nuvens espreita cheio de sono

E eu olhando tudo ali, ali tudo era perfeito

Olho as encostas ainda de roupa molhada

E uma bela ponte entre o real e irreal

Colorida, entre os tons lilases, rosas

O azul violeta, deixando o verde sair

E apenas dando sua mão aos tons amarelos

Era um belo quadro, ninguém o pintaria

Vi fadas, anjos, todos trabalhando felizes

Olhei para meu gato, ali parecendo entender

Que apenas os meus olhos viam aquela ponte

A ponte do imaginável, do além que transforma

A beleza, a esperança e a bela luta da natureza

Que nós friamente devastamos, matamos

Amordaçamos os que a defendem, calando-os

Sem pensar mais, entro na ponte do arco-íris

Para nunca mais voltar, matei as saudades

Da minha passagem para a outra margem...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 20/06/2011
Código do texto: T3047177
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