MINHA POUSADA


Pelas longas estradas dessa vida
caminhei curtindo a minha dor,
e mesmo com a esperança perdida
nunca deixei de ser um trovador.

Nesses trilhos, que o final nunca vi
nunca deixei de cantar com o violão,
deixava de lado, tudo aquilo que perdi
ia buscando meu consolo numa canção.

Noite, madrugada, que nunca amanhecia
jamais cansaram esse  forte caminheiro,
vivia comigo, as rimas e também a poesia
tendo o poema, como meu companheiro.

Lugares distantes por onde caminhei
lugarejos onde fiz minha pousada,
ermos da vida, onde fingi que chorei
desse velho poeta, é sua vida passada.

Por lugares estranhos a caminhar,
tão livre como o voo do passarinho,
deu me a vida, a alegria de poetar
para que não se sentisse sozinho.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 20/06/2011
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